Hortifruti e o Case da Fazenda Capão Bonito - Sustentabilidade e Produção

05 - AGO - 2024
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O mercado de Hortifruti é amplo e vem crescendo ano a ano. As pessoas começam a buscar uma alimentação mais saudável. Os produtores estão repensando sua maneira de produzir com o consumidor exigindo frutas e verduras com qualidade e mais durabilidade. Em função dessa realidade, vem crescendo o uso de biológicos, mix de cobertura, uso de uma nutrição mais equilibrada, para que o produtor possa entregar um produto melhor nas gôndolas dos mercados.

Rosel dos Santos Ferreira, consultor da Belagrícola nas regiões da cidades paranaenses de Palmeira, Lapa e Curitiba, explica que a empresa vem orientando os produtores a cada vez mais cuidarem do solo, fazerem análise com frequência, usarem uma adubação mais equilibrada com apoio de nutrição (fertilizantes foliares) e também a ativação biológica do solo. “Estamos avançando aos poucos, com bons resultados. Os produtores vêm de um passado recente que não utilizavam estas técnicas e agora estão começando a usar e vendo resultados na produção, no meio ambiente e econômico”, explica o consultor. Na região, algumas frutas estão saindo da “dormência” e iniciando as podas e outras já iniciam a floração.

Reinoldo Costa, gerente administrativo da Fazenda Capão Bonito, no município de Porto Amazonas (PR), propriedade de Valter Perboni, que produz maçã, uva, pêssego e ameixa, além de grãos, comenta que utilizou ativos biológicos e nutrição vegetal com magnésio, fósforo, cálcio e um recuperador de estresse, em dois hectares de maçãs como recuperação de pós-poda.  “Foi um experimento que teve bons resultados. A maturação do ramo foi melhor, as gemas reagiram bem, recuperaram e frutificaram maiores que as que não utilizamos ativos biológicos e nutrição específica”, conta o gerente administrativo.

Outro experimento adotado na Fazenda Capão Bonito foi um mix de plantas de cobertura no parreiral, com forrageiras de inverno, também em dois hectares, além da nutrição vegetal com fósforo e potássio. A cobertura de inverno com ervilhaca, aveia preta e nabo forrageiro contribuiu para a fixação do nitrogênio no solo. Reinoldo Costa explica que no parreiral onde adotaram o mix de cobertura foi utilizado menos herbicida, apenas uma aplicação para a dessecagem nas linhas. Já nos hectares sem cobertura, foram feitas três aplicações para limpeza no ciclo da parreira. “As uvas das parreiras com o mix apresentaram cachos mais graúdos e maior teor de açúcar (brix), graças ao uso da nutrição vegetal, através de fósforo e potássio, e dos ativos biológicos”.

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